Definição de Aniquilacionismo - Crença sustentada por alguns estudiosos das Escrituras de que o homem quando morre deixa de existir completamente, e que na volta de Cristo todos serão ressuscitados, de modo que aos salvos será outorgada a vida eterna, mas aos ímpios lhe será tirada a vida, de modo que para sempre eles não mais existirão em parte alguma, inclusive num inferno de fogo.
Se a Bíblia não ensina a vida após a morte, não seria isso prova
de que o homem ímpio deixará de existir para todo o sempre?
de que o homem ímpio deixará de existir para todo o sempre?
Resposta Cristã - Uma das correntes dos aniquilacionistas defende que o fato de não haver vida após a morte é uma prova de que não haverá tormento eterno após o julgamento, portanto, creem que o ímpio será aniquilado. Por outro lado, a igreja cristã sempre creu na vida após a morte, embora alguns a negassem já nos primórdios dela. Com base em que a igreja creu assim? E por que eu creio assim?
Na minha opinião, e digo assim porque jamais vi um teólogo se posicionar como discorrei a seguir, a maior prova de que existe vida após a morte se encontra no fato de que Jesus, sendo Deus, assumiu a natureza humana. (Filipenses 2:5-8) A esta união das naturezas do Redentor (humana e divina) chamamos de União Hipostática. Isto quer dizer que Jesus era perfeitamente Deus e perfeitamente homem, desde sua encarnação. Quando a Bíblia diz que Jesus assumiu a forma de servo, em grego se está dizendo que esta ação foi feita de uma vez por todas, jamais sendo interrompida. Sendo assim, quando Jesus morre, ele não interrompe sua União Hipostática. Todavia, se o homem Jesus, ao morrer, deixou de existir, sem que seu espírito humano sobrevivesse à morte do corpo, a União Hipostática teria sido desfeita durante os três dias em que esteve morto para ser reassumida na sua ressurreição, quando o homem Jesus voltasse a existir. E isto é insustentável!
Na minha opinião, e digo assim porque jamais vi um teólogo se posicionar como discorrei a seguir, a maior prova de que existe vida após a morte se encontra no fato de que Jesus, sendo Deus, assumiu a natureza humana. (Filipenses 2:5-8) A esta união das naturezas do Redentor (humana e divina) chamamos de União Hipostática. Isto quer dizer que Jesus era perfeitamente Deus e perfeitamente homem, desde sua encarnação. Quando a Bíblia diz que Jesus assumiu a forma de servo, em grego se está dizendo que esta ação foi feita de uma vez por todas, jamais sendo interrompida. Sendo assim, quando Jesus morre, ele não interrompe sua União Hipostática. Todavia, se o homem Jesus, ao morrer, deixou de existir, sem que seu espírito humano sobrevivesse à morte do corpo, a União Hipostática teria sido desfeita durante os três dias em que esteve morto para ser reassumida na sua ressurreição, quando o homem Jesus voltasse a existir. E isto é insustentável!
Por que a União Hipostática é importante para determinarmos se há vida após a morte ou não? Porque o que ocorre com o homem Jesus após a morte é exatamente o que ocorre conosco após a morte. Se o homem Jesus teve que estar vivo após a morte para dar continuidade à União Hipostática, então isto significa que ele valeu-se do fato de que o homem sobrevive à morte do corpo para sustentar a União Hipostática nos três dias em que esteve morto. Isto seria suficiente para provarmos a vida após a morte.
Mas além do argumento acima, temos outras provas da vida após a morte no Antigo Testamento. Por exemplo:
- Fala-se de Raquel chorando por seus filhos, mas Raquel estava morta. (Jeremias 31:15) O texto, embora simbólico, não usaria uma frase impossível e teologicamente errônea como base para uma verdade espiritual.
- Apesar de Saul ter se desviado do caminho do SENHOR, o simples fato de ele buscar falar com o espírito de Samuel prova que aquela comunidade judaica cria na vida após a morte. - 1 Samuel 28.
- Deus não aprovava fazer oferendas aos mortos. (Deuteronômio 26:14) Esta proibição só faria sentido se houvesse vida após a morte.
- O povo de Israel foi proibido de consultar os mortos. (Levítico 19:31; 20:6, 27; Deuteronômio 18:11) Ista proibição também só teria sentido se houvesse vida após a morte.
Embora os textos acima, nas mãos dos aniquilacionistas, poderiam sofrer uma interpretação diferente, no Novo Testamento encontramos provas evidentes da vida após a morte. Na parábola do Rico e do Lázaro, Jesus descreve-os morrendo e estando conscientes após a morte. (Lucas 16:16-31) Por mais que se tente alegorizar toda a parábola para ensinar que na verdade o Rico e o Lázaro estavam mortos, pois a crença na vida após a morte teria influência da religião pagã, dificilmente poderíamos imaginar que Jesus usaria uma crendice pagã, como pano de fundo em sua parábola, para ensinar uma verdade espiritual. Não! Jesus sabia que havia vida após a morte, e por mais comum que fossem as narrativas extrabíblicas de ricos e pobres morrendo e tendo suas posições invertidas no além, Jesus, por usar este enredo em sua parábola, estava endossando a vida após a morte. E de fato, se Jesus não cresse na vida após a morte, a parte da narrativa que descreve a morte do Rico e do Lázaro e suas idas para os dois destinos eternos nem precisaria ter sido mencionada. Jesus simplesmente poderia ter dito: Eles morreram, e na ressurreição receberam seu destino eterno. Mas Jesus fez questão de afirmar que há vida após a morte (Lucas 16:23-31), num LUGAR de tormento para o ímpio (Lucas 16:23, 28) diálogo entre os mortos (o Rico e Abraão). - Lucas 16:24-31.
E que Jesus cria na vida após a morte pode ser visto claramente por ele ter prometido, naquele mesmo dia, ao malfeitor à sua direita, na cruz, o paraíso. (Lucas 23:43) Por mais que se tente argumentar que, pelo fato de no grego não haver pontuação nos escritos originais e nos manuscritos mais antigos, Jesus quis dizer Em verdade te digo hoje que estarás comigo no paraíso. Todavia, soa muito estranha esta afirmação, pois nas 76 vezes que Jesus diz Em verdade te digo, ele NUNCA usa o advérbio de tempo hoje como adjunto adverbial do verbo dizer. Nunca!
Paulo também mostrou que cria na vida após a morte. Ele se sentia pressionado tendo o desejo de partir e estar com Cristo, e isso lhe era muito melhor, mas por causa da igreja de Jesus, ele preferia permanecer no corpo. (Filipenses 1:23, 24) Se o homem ao morrer deixa de existir, como Paulo poderia dizer que morrer e estar com Cristo lhe seria muito melhor? Como uma pessoa que deixa de existir poderia estar com Jesus? Não afirmam os próprios aniquilacionistas que o malfeitor à direita de Jesus só estaria com Jesus, não no dia de sua morte, mas na volta de Jesus, quando fosse ressuscitado?
Com esses argumentos acima, considero suficiente e bem convencedora a posição ortodoxa da Igreja Cristã sobre este tema. Sem sombra de dúvidas, há vida após a morte. E se há vida após a morte, os aniquilacionistas não podem concluir a aniquilação pela crença de que não há vida após a morte. - Fernando Galli.